Andamos, juntos e juntas, pelo Brasil. Caminhamos olhando atentamente para nossos chãos, percebendo a paisagem que emana desse plano horizontal. Quanta riqueza, quanta diversidade! Mas, também, qual proximidade! Do chão colhemos uma ideia de quem somos. Do chão marcamos nossa identidade nacional. Quanta expressão!

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Durante 2021, repetimos o experimento do ano anterior, abrangendo um recorte territorial mais vasto, nosso Brasil. Algumas cidades, de todas as grandes regiões, aqui se encontram, no seu floorscape. O mundo virtual nos conectou: conversamos e aprendemos muito, trabalhamos conjuntamente. E o resultado dessa exposição nos reafirma o quanto ainda temos que vivenciar nossas cidades para captar todas as nuanças de nossos chãos. 

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Caminhamos um pouco mais livres que a primeira vez, pois a toada da pandemia assim nos permitiu. Cada autor, cada autora, auscultando o chão, desvelou sua sensibilidade para nós. Destarte, cada projeto, além de tratar de paisagem, exprime também a delicadeza desse encontro. Mas essa capacidade de estar atento ou atenta para esse pequeno pedaço da grande construção humana, que é a cidade, além de tudo, requer empenho. Por fim, quanta surpresa! 

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Reunimo-nos, portanto, para essa segunda experiência e aqui apresentamos chãos maltratados, castigados. Oposta e mais decididamente, também se expõe gentileza, beleza, vida, poesia. Por certo, do chão podemos captar a rudeza e a leveza de como tratamos o comum. Sim, esses planos são domínio coletivo e são essenciais para a vida cotidiana, para habitarmos o mundo. Olhar para onde pisamos mudou a nossa perspectiva de compreendê-lo e esperamos que essa provocação faça o mesmo com você.